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Coronavac tem eficácia global superior à exigida pela OMS - 12/01/2021

 

O Instituto Butantan e o Governo de São Paulo informam que a vacina contra o coronavírus obteve 50,38% de eficácia global no estudo clínico desenvolvido no Brasil, além de proteção de 78% em casos leves e 100% contra casos moderados e graves da COVID-19. Todos os índices são superiores ao patamar de 50% exigido pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
 
Os resultados foram submetidos a um comitê internacional independente e já estão com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que analisa o pedido de uso emergencial do imunizante no Brasil. A pesquisa envolveu 16 centros de pesquisa científica em sete estados e o Distrito Federal. O teste duplo cego, com aplicação da vacina em 50% dos voluntários e de placebo nos demais, envolveu 12,5 mil profissionais de saúde.
 
É uma excelente vacina esperando para ser usada em um país onde morrem, no momento, em torno de mil pessoas por dia. Esperamos que as autoridades entendam o momento e ajudar nossa população a receber as vacinas o mais rapidamente possível”, afirmou o Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
 
Os dados são extremamente importantes no impacto da saúde pública, impedindo que as pessoas adoeçam de forma grave e sobrecarreguem hospitais. É a possibilidade de impedirmos que as pessoas morram”, disse o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn. “Temos uma vacina que foi testada na vida real, no meio de uma pandemia e naqueles que eram mais expostos”, acrescentou.
 
O estudo verificou que a menor taxa foi registrada em casos de infecções muito leves, considerados score 2 e verificados em pacientes que receberam placebo. De uma amostragem de 9,2 mil participantes, 85 dos casos muito leves foram de pessoas que receberam vacina, e 167 em voluntários que tomaram placebo.
 
Já o resultado de eficácia dos casos leves, classificado como score 3, em pacientes que precisaram receber alguma assistência, foi de 77,96%, sendo que sete pessoas haviam recebido a vacina, e outras 31, placebo.
 
Para os casos moderados e graves que necessitaram de hospitalização, a eficácia foi de 100%. Nenhum paciente infectado que recebeu a vacina do Butantan precisou de internação. Entre os que tomaram placebo, houve sete pacientes que precisaram de internação.
 
Todo os voluntários são profissionais de saúde, com risco muito alto e contínuo de exposição ao coronavírus. Eles receberam duas doses da vacina, com intervalos de duas semanas entre cada aplicação. A pesquisa também demonstrou que o imunizante é extremamente seguro – nenhuma reação adversa grave foi registrada entre os participantes.
 
A vacina é desenvolvida pelo Butantan há pouco mais de seis meses, em parceria internacional com a biofarmacêutica Sinovac Biotech, sediada em Pequim. O produto é baseado na inativação do vírus Sars-CoV-2 para induzir o sistema imunológico humano a reagir contra o agente causador da COVID-19. A tecnologia é similar à de outras vacinas amplamente produzidas pelo instituto de São Paulo.
 
Em novembro, a revista científica Lancet, uma das mais importantes no mundo, publicou os resultados de segurança da vacina do Butantan nas fases 1 e 2, realizados na China, com 744 voluntários. A publicação mostrou que o produto é seguro e capaz de produzir resposta imune em 97% dos casos em até 28 dias após a aplicação.
 
O Butantan já dispõe de 10,8 milhões de doses da vacina em solo brasileiro. No final de março, a carga total de imunizantes disponibilizados pelo instituto é estimada em 46 milhões de doses. O Plano Estadual de Imunização tem início previsto para o próximo dia 25.
 

 

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